domingo, 28 de abril de 2013

A arte de lavar as mãos

Não serei a única com certeza a quem já lhe aconteceu esta situação.

Nem todos podem ter os meus padrões de higiene e aquilo que é considerado imprescindível para uma pessoa, pode não o ser para outra.
E essa situação é a de lavar as mãos.

É claro que não é discutível ter que levar as mãos se, por exemplo, as mesmas estiverem cheias de tinta ou de terra, mas eu estou a falar de levar as mãos quando a olho nu não se vê sujidade.
E isso acontece quando vamos à casa-se-banho.


Frequentemente, dá-se a situação de estarmos numa casa-de-banho pública, fazemos o que temos a fazer e de seguida vamos lavar as mãos e não estamos sozinhos. Na casa-de-banho está também uma pessoa qualquer que também acabou de fazer o que tinha a fazer e está ali em frente ao lavatório.
Diferença: uma lava as mãos, a outra arranja o cabelo e vai embora.

Como é isto possível?

Gente, ganhem vergonha ao menos! Mesmo que lavar as mãos não seja um acto de higiene, ao menos façam-no para que a pessoa que está convosco na casa-de-banho não fique com uma ideia errada. Nem que seja a fingir!
Já se deu até o caso em que as pessoas se dão ao trabalho de passar as mãos por água assim a correr e passarem no secador, só para fazer de conta que lavam as mãos. Mas se assim é e se se vão dar ao trabalho de fingir, porque é que não lavam mesmo?!

Mais....acham mesmo que só porque usam papel que não sujam as mãos?
E a pessoa que colocou lá o papel? E a caixa onde o papel está seguro? E as poeiras do ar? E todas as portas que abrimos e fechámos até chegar à sanita?!
Não caiam no erro de responder a estas perguntas, como já foi feito, de dizer que não precisam de limpar as mãos porque não é com as mãos que limpam o que há para limpar!

Por tudo isto, há coisas que irritam imenso e uma delas são pessoas que não lavam as mãos na casa-de-banho...



domingo, 21 de abril de 2013

A função dos "fones" e o "atrasado mental"

Há coisas que não percebo... Coisas que à partida são de uma simplicidade quase atroz e que as pessoas insistem em complicar.
Imaginem a seguinte situação:

Estão num transporte público com outras pessoas e o silêncio impera na carruagem. Cada um conversa com quem o acompanha num tom aceitável e sem incomodar ninguém..

Esta é a situação ideal e quem anda de transportes é assim que prefere que aconteça.

Até que de repente...

Entra o "atrasado mental" na carruagem que insiste em pôr o seu telemóvel a tocar, seja com os próprios toques do telemóvel, seja com alguma música que tenha na sua playlist, em altos berros para que toda a gente se dê conta de que o atrasado mental chegou.
Em regra, até a própria música em altos berros é música do pior que há e como o "atrasado mental" acha que aquele é um comportamento que só lhe confere o estatuto de estiloso, ainda tem o descaramento de se pôr a cantar ou a trautear a música, estragando ainda mais o que já não é possível estragar!

Até que....

A sociedade consciencializou-se de que há pessoas que não têm a mesma capacidade de conviver com os outros ou de saber o que é ou não errado. Mas, para que o "atrasado mental" não se sentisse ostracizado pela sociedade ou posto de parte, alguém inventou os fones, um simples dispositivo que permite ao atrasado mental ser quem é no seu mundo, sem incomodar os outros, criando um equilíbrio na natureza.

O "atrasado mental" até pensou que os fones tinham sido uma ideia bestial...
Assim, o "atrasado mental" tomou em linha de conta o esforço que a sociedade fez para que ele se integrasse e começou a utilizar os fones...

Tudo corria sobre rodas, mas a sociedade não teve em linha de conta de que o "atrasado mental" gosta de dar nas vistas e que gosta que as outras pessoas partilhem o seu mundo de fantasia, em regra, um mundo em que todos somos obrigados a ouvir música que não lembra a ninguém e que ainda somos mal interpretados se cairmos no erro de pedir para baixar o volume.....

Mas tudo foi mais forte que o "atrasado mental" e este não podia deixar de partilhar a sua alegria em ouvir música da caca com o mundo lá fora e então, começou a utilizar os fones com o volume tão alto que mesmo quem está ao seu lado consegue ouvir a música como se este nem fones tivesse...

A sociedade desistiu...já nem se dá ao trabalho...

E assim...
A todos os "atrasados mentais" por esse mundo fora...NÓS NÃO QUEREMOS OUVIR O TEU SOM!

Obrigada